terça-feira, 29 de outubro de 2013

Entenda o que levou à intervenção

Um Relatório de Inteligência Financeira elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) revelou os nomes de diversos diretores da gestão passada e de pessoas ligadas a elas que teriam movimentado somas vultosas de dinheiro, originados de pagamentos efetivados pela Colossus Mineração Ltda e que nunca foram repassados pela Coomigasp aos garimpeiros, além do que a cooperativa nunca investiu em bens próprios.

Em decorrência desses fatos o Ministério Público obteve o afastamento do então presidente da cooperativa em 2012, bem como firmou com a diretoria remanescente um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) no mesmo ano, documento este que nunca foi cumprido. Foi então que o procurador-geral de Justiça Marcos das Neves orientou a criação do grupo de promotores para cuidar da questão da Coomigasp, mostrando a preocupação que o Ministério Público tem com os problemas em Serra Pelada.

Segundo os dados do COAF, a administração da cooperativa já recebeu 53 milhões de reais nos últimos anos, mas até hoje não tem sede própria, veículos e nunca distribuiu um centavo para os garimpeiros. E com a intervenção, pela primeira vez na história de Curionópolis esse repasse aos garimpeiros será feito, pois o TAC firmado em 2012 prevê o repasse direto de 98% do que for produzido na mina aos garimpeiros, ficando apenas 2% do valor para a cooperativa.

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